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DISCURSO DE LANÇAMENTO NA APAL
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Nada
podia me fazer mais feliz nessa noite do que olhar para este distinto
auditório, lotado de pessoas amigas que estão aqui para me prestigiar nesse
momento em que apresento novamente para sociedade parnaibana o “Lero – lero”,
já que no Salão do Livro da Parnaíba ele foi divulgado em primeira mão.
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Feliz
também estou com as palavras da Acadêmica Professora Christina que trouxe para
o presente detalhes da minha vida de infância e adolescência, que ela tão bem
conhece e esse retorno ao passado muito
me emocionou.
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O
que foi dito da obra pela competente Professora de literatura Rossana Aguiar,
me incentiva para que eu continue colocando letrinhas no papel, formando
palavras, frase e dando enredo para mais tarde sair outras histórias leves,
divertidas como é meu estilo de escrever.
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Caros
amigos, brincando escrevi Histórias de Marilu em 2005. Sem nenhuma pretensão compilei
em um exemplar as trinta (30) melhores crônicas que havia publicado no www.portaldelta.com.br . O critério
de escolha foi dos próprios leitores do portal, pessoas de todos os lugares,
jovens e adultos que criticavam umas e aplaudiam outras. Esse livro foi a porta
de minha entrada para Academia Parnaibana de Letras.
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Ao
tomar posse na Academia Parnaibana de Letras (2006), trouxe comigo o segundo
livro “Assim é a Vida”, que seguiu o mesmo estilo do anterior. Crônicas leves,
divertidas, inspiradas em fatos do cotidiano contadas com uma pitada de humor.
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O
povo gostou, cobravam-me o terceiro livro. Nessa época em 2008, eu escrevia em
vários portais, inclusive no portal www.palpitar.com.br
no Rio Grande do Sul. Selecionei as 40 crônicas mais comentadas, mais elogiadas
e compilei no “Vou te contar”.
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Por
sugestão do confrade Iweltman Mendes passei a escrever em mais um portal “o
Recanto das Letras”. Tenho publicado nesse
portal 212 crônicas e até o dia 27 de outubro desse ano, 31.809 pessoas leram
meus escritos. Pessoas de toda parte do mundo, alguns com muitas obras
publicadas e foi desse portal que compilei os 50 textos mais lidos para
escrever o Lero – lero. Não foi fácil descarar mais 150 crônicas, mas quem vive
nesse mundo literário, quem gosta de escrever sabe como é difícil e dispendioso
publicar uma obra.
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Esta
é uma realidade que em 1961 J.G de Araújo Jorge já sentia e desabafou o descaso
com o escritor fazendo um apelo ao Presidente da República, na época João
Goulart, solicitando o financiamento da
poesia, dizia ele:
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Senhor
Presidente,
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Viverão
os povos mesmo sem algodão, sem petróleo e sem trigo
De
qualquer forma – Olhai a China de Confúcio e do Arroz
Vencerão
guerras e cataclismos- Não subsistirão sem poesia
Nasce da terra, do homem.
É flor, é fruto, é trigo e carne, é linho e seda,
é rosa e sangue, petróleo e ferro;
água e luz
Restarão os povos que produzirem poesia nas suas terras
Só eles passarão incólumes pela bomba atômica
- sobreviverão heróicos.
Requeiro, senhor Presidente, o financiamento da poesia, que ela seja ao menos como o algodão ou o zebu.
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Transcrevi
este texto de J. G de Araújo Jorge para a introdução do Lero – lero, e no final
complementei dizendo:
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Eu
também requeira senhora Presidenta, o financiamento da poesia.
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Obrigada
caros amigos pela presença, a noite é nossa vamos aproveitar esse aconchego
esse momento descontraído, vamos comemorar a literatura. Agradeço a todos e
relembro aqui mais uma vez a celebre frase de Monteiro Lobato:
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