Ocupante
da Cadeira 28 da Academia Parnaíba de Letras
Ocupante
da Cadeira 36 da Academia de Ciências do PiauíOcupante da Cadeira 23 da Academia Piauiense de Trovas
Ocupante da Cadeira 24 do IHGGP
Professora
Universitária e Mestra em Educação
Articulista,
poetisa e escritora com quatro livros publicados.
FEIRAS
LITERÁRIAS.
Geralmente costumo escrever nesse espaço do Jornal Norte
do Piauí, alguma matéria relacionada com os acontecimentos do mês. Mesmo tendo
muitas datas comemorativas no mês de setembro e no décimo mês do ano que já se
aproxima, achei importante comentar hoje sobre a matéria de Revista Veja de
18.09.2013, intitulada “A farra dos livros”.
Primeiro porque breve acontecerá o IV Salão do Livro da
Parnaíba e é de bom tom que a gente comece a divulgá-lo para incentivar uma boa
participação. Conforme nota publicada pela Secretária Municipal da Cultura em
vários portais, esse importante evento literário acontecerá na primeira
quinzena de novembro.
Para minha felicidade, fiquei informada através da
Revista Veja, que um cadastro do Ministério da Cultura inclui 250 feiras e
festivais literários em todo o país. Isso sem contar com eventos das cidades
pequenas que não foram computados e que segundo a reportagem deve ser igual ao
número oficializado. O gosto pela leitura está progredindo.
O artigo “A farra dos livros” trata principalmente da
Jornada de Literatura de Passo Fundo, cidade gaúcha que fica a 250 quilômetros
de Porto Alegre. A primeira Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo
ocorreu em 1981 e contou com a presença do escritor Moacyr Scliar dentro outros
literatas. Por coincidência o I Salão do Livro da Parnaíba também foi
prestigiado com a presença do escritor Moacyr Scliar, in memoriam.
Mais adiante, na matéria da Revista Veja em pauta, li que
em outubro será realizado o maior acontecimento editorial do mundo, a Feira
Frankfurt. O Brasil está convidado e setenta escritores brasileiros se farão
presentes para divulgar a nossa literatura. O escritor paulista Ignácio de
Loyola Brandão é um dos brasileiros que se fará presente nesse grandioso evento.
Ele também esteve entre nós em 2011 por ocasião do III Salão do Livro da
Parnaíba. Para a Revista Veja ele declarou: “Descobri já no fim dos anos 1970 a
importância de estar próximo ao leitor. Deixei de lado a imagem do escritor
inacessível e fui fazer trabalho com professores e livreiros das cidades
pequenas. Os escritores são vaidosos, mas perceberam que quem frequenta feiras
literárias tem seu nome e obra multiplicados. Esses eventos são polos
irradiadores”.
A matéria “A farra dos livros”, faz referências a muitos
outros eventos literários, inclusive a primeira feira do livro no Brasil que
aconteceu em São Paulo, em 1951. Citou a Feira Literária Internacional de
Paraty que foi criada em 2003 como modelo para outros eventos. Evidenciou
também as feirinhas em municípios pequenos e médios e a dificuldade de atrair escritores
conhecidos, editoras e livrarias.
O sucesso e as
dificuldades da primeira Feira Literária Internacional do Tocantins realizada
em 2012 também constou da reportagem da Revista Veja que ora comentamos. O
secretário de educação e Cultura de Tocantins, Danilo Souza, nosso conterrâneo,
teve dificuldades de levar autores, conforme a matéria informou: “Cansei de
responder que Palmas não tem onça pelas ruas. Só aparecem algumas raposas na
praça”. Danilo Souza é parnaibano, ocupante da cadeira 22 da Academia
Parnaibana de Letras - APAL, que tem como patrono Jonas Fontenele da Silva.
Vários salões de livros foram realizados em cidades
piauienses, como por exemplo, em Valença, Elesbão Veloso, Campo Maior. Entre 12
a 15 do mês de setembro aconteceu o SaliPicos, que conforme informação do
escritor Cineas Santos no jornal “O Dia”, foi um sucesso. Lá estiveram
presentes renomados conferencistas entre eles Salgado Maranhão que esteve entre
nós em 2010, no II Salão do Livro de Parnaíba.
A multiplicação de feiras e festas literárias vem provar
que a concepção que se tinha de que a literatura era algo elitista não é mais
aceita. O povo passou a gostar de ler e as feiras são responsáveis em grande
parte, por essa nova postura. Elas estimulam e incentivam o contato como os
livros, escritores e motivam a formação de novos literatas.