segunda-feira, 23 de setembro de 2013

JORNAL NORTE DO PIAUÍ

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                                                               Maria Dilma Ponte de Brito
Ocupante da Cadeira 28 da Academia Parnaíba de Letras  
                               Ocupante da Cadeira 36 da Academia de Ciências do Piauí
                                Ocupante da Cadeira 23 da Academia Piauiense de Trovas
                                                 Ocupante da Cadeira 24 do IHGGP
Professora Universitária e Mestra em Educação
                                   Articulista, poetisa e escritora com quatro livros publicados.

FEIRAS LITERÁRIAS.

            Geralmente costumo escrever nesse espaço do Jornal Norte do Piauí, alguma matéria relacionada com os acontecimentos do mês. Mesmo tendo muitas datas comemorativas no mês de setembro e no décimo mês do ano que já se aproxima, achei importante comentar hoje sobre a matéria de Revista Veja de 18.09.2013, intitulada “A farra dos livros”.
            Primeiro porque breve acontecerá o IV Salão do Livro da Parnaíba e é de bom tom que a gente comece a divulgá-lo para incentivar uma boa participação. Conforme nota publicada pela Secretária Municipal da Cultura em vários portais, esse importante evento literário acontecerá na primeira quinzena de novembro.
            Para minha felicidade, fiquei informada através da Revista Veja, que um cadastro do Ministério da Cultura inclui 250 feiras e festivais literários em todo o país. Isso sem contar com eventos das cidades pequenas que não foram computados e que segundo a reportagem deve ser igual ao número oficializado. O gosto pela leitura está progredindo.
            O artigo “A farra dos livros” trata principalmente da Jornada de Literatura de Passo Fundo, cidade gaúcha que fica a 250 quilômetros de Porto Alegre. A primeira Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo ocorreu em 1981 e contou com a presença do escritor Moacyr Scliar dentro outros literatas. Por coincidência o I Salão do Livro da Parnaíba também foi prestigiado com a presença do escritor Moacyr Scliar, in memoriam.
            Mais adiante, na matéria da Revista Veja em pauta, li que em outubro será realizado o maior acontecimento editorial do mundo, a Feira Frankfurt. O Brasil está convidado e setenta escritores brasileiros se farão presentes para divulgar a nossa literatura. O escritor paulista Ignácio de Loyola Brandão é um dos brasileiros que se fará presente nesse grandioso evento. Ele também esteve entre nós em 2011 por ocasião do III Salão do Livro da Parnaíba. Para a Revista Veja ele declarou: “Descobri já no fim dos anos 1970 a importância de estar próximo ao leitor. Deixei de lado a imagem do escritor inacessível e fui fazer trabalho com professores e livreiros das cidades pequenas. Os escritores são vaidosos, mas perceberam que quem frequenta feiras literárias tem seu nome e obra multiplicados. Esses eventos são polos irradiadores”.
            A matéria “A farra dos livros”, faz referências a muitos outros eventos literários, inclusive a primeira feira do livro no Brasil que aconteceu em São Paulo, em 1951. Citou a Feira Literária Internacional de Paraty que foi criada em 2003 como modelo para outros eventos. Evidenciou também as feirinhas em municípios pequenos e médios e a dificuldade de atrair escritores conhecidos, editoras e livrarias.
             O sucesso e as dificuldades da primeira Feira Literária Internacional do Tocantins realizada em 2012 também constou da reportagem da Revista Veja que ora comentamos. O secretário de educação e Cultura de Tocantins, Danilo Souza, nosso conterrâneo, teve dificuldades de levar autores, conforme a matéria informou: “Cansei de responder que Palmas não tem onça pelas ruas. Só aparecem algumas raposas na praça”. Danilo Souza é parnaibano, ocupante da cadeira 22 da Academia Parnaibana de Letras - APAL, que tem como patrono Jonas Fontenele da Silva.
            Vários salões de livros foram realizados em cidades piauienses, como por exemplo, em Valença, Elesbão Veloso, Campo Maior. Entre 12 a 15 do mês de setembro aconteceu o SaliPicos, que conforme informação do escritor Cineas Santos no jornal “O Dia”, foi um sucesso. Lá estiveram presentes renomados conferencistas entre eles Salgado Maranhão que esteve entre nós em 2010, no II Salão do Livro de Parnaíba.
            A multiplicação de feiras e festas literárias vem provar que a concepção que se tinha de que a literatura era algo elitista não é mais aceita. O povo passou a gostar de ler e as feiras são responsáveis em grande parte, por essa nova postura. Elas estimulam e incentivam o contato como os livros, escritores e motivam a formação de novos literatas.