domingo, 11 de outubro de 2015

CRÔNICA AGOSTO 2015 - JORNAL NORTE DO PIAUÍ

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PARNAÍBA TERRA QUERIDA

Em 14 de agosto de 2015 Parnaíba completa 171 anos que foi elevada a categoria de cidade e está em plena fase de crescimento e progresso.

A história da “Princesa do Igaraçu” é marcada por altos e baixos. Viveu momentos áureos em consequência das charqueadas, extrativismo vegetal e da navegação fluvial. Depois decaiu economicamente. Agora estamos vivenciando uma fase de ascensão. A ampliação dos cursos da Universidade Federal do Piauí iniciou uma nova etapa para a história da Parnaíba transformando- a em “cidade universitária”. Hoje além da Universidade Federal do Piauí que oferece 12 cursos de graduação, a Universidade Estadual do Piauí e outras faculdades particulares investem na educação, atraindo professores e alunos de todo parte do Brasil que, ao fixarem residência em Parnaíba, também contribuem para o crescimento da cidade em outros seguimentos como setor imobiliário, saúde, comércio.

Dois cursos oferecidos pela Universidade Federal do Piauí merecem ser enfatizados: Turismo e Medicina.

 O curso de turismo porque está formando especialistas para explorar e propagar as belezas naturais da Parnaíba e o curso de Medicina que vem sanar a deficiência na saúde. Em médio prazo esses profissionais filhos da terra ou não, possivelmente darão sua contribuição nesse setor tão deficitária.

Foi, portanto a educação responsável diretamente por esse momento de ascensão. Muito se esperou do Porto de Luiz Correia e do Turismo para alavancar o progresso. Acreditamos que em longo prazo, isso venha acontecer porque os parnaibanos lutam pelos seus sonhos. Já a Zona de Processamento de Exportação – ZPE, instalada recentemente em Parnaíba está mais próxima de assegurar esse salto, uma vez que abre um leque de oportunidades para empreendedores de todo o Estado ao incrementar a exportação gerando empregos e riquezas. O aeroporto internacional João Silva Filho agora com voos regulares também tem contribuindo para aproximar os turistas e alavancar o progresso da cidade.

A “capital do Delta” é uma cidade encantadora, abençoada por Deus, pelas suas belezas naturais com ruas largas, contornadas por casarões imponentes dos séculos passados que registram os bons tempos que vivenciou os parnaibanos.

A história da Parnaíba contada em versos e prosa não só pelos filhos da terra, mas por aqueles que lhe adotaram como mãe, mostra seu destaque no estado piauiense. Sempre forte altaneira e importante sobressaindo-se como pioneira na proclamação da independência no Estado do Piauí, no rádio com a Rádio Educadora de Parnaíba, na televisão retransmitindo a TV Ceará na década de 60.
Parnaíba “teu nome exprime” a beleza e grandeza do rio que te deu tão grande nome.  O rio Parnaíba, conhecido como o “Velho Monge”, é um dos maiores rios do nordeste e de grande importância econômica. O Delta do Parnaíba abre-se em cinco braços envolvendo inúmeras e exuberantes ilhas. O seu afluente, o rio Igaraçu, banha e embeleza a cidade de Parnaíba.

           “Teus filhos bravos” lutam pelo teu progresso e não perdem a esperança de vê-la em destaque no cenário nacional.  

        “Possuis o brilho da paz bendita”, teu povo é pacato, gente de paz, cidade tranquila comparada a outros centros. O teu brilho flui naturalmente pela grandeza do mar da Pedra do Sal, mar límpido e mais azul que muitos outros do mundo. O clima e o vento natural parnaibano que tanto atrai o turista, também é o combustível para o Parque Eólico da Pedra do Sal. Cidade abençoada por Nossa Senhora da Graça, a Imaculada Virgem Maria que de braços abertos derrama graças sobre sua gente.
“Teus filhos bravos”, não se intimidam com as perdas e ganhos e esperam subtrair as perdas e multiplicar os ganhos nesse novo tempo quando Parnaíba se expande e se mostra para o mundo.

LINDA E IDOLATRADA PARNAÍBA, PARABÉNS PELOS SEUS 171 ANOS.




CRÔNICA POSTADA NO JORNAL NORTE DO PIAUÍ

Sou colunista do Jornal Norte do Piauí desde novembro de 2012. Estou quase fazendo três anos que publico artigos neste meio de comunicação. Abaixo a publicação de 04.10.2015, Ano XLVIX, Nº 3984.

APERTANDO O CINTO

         Não estamos levantando nenhum voo e mesmo sem sair do lugar é hora de apertar o cinto.  Sem emagrecer e sem querer ficar mais elegante é hora do arrocho. Isso é voz geral. Jornais, revistas, televisão, economistas, políticos recomendam isso a toda hora.

            O mundo dos homens é bastante complicado como diz o Pequeno Príncipe de Saint Exupéry.  Nem gente grande entende como um país tão rico como esse, com tantas terras produtivas, água abundante, clima favorável, petróleo e muitas riquezas a explorar, pode estar tão preocupado com números. Os números não batem, não são sequer suficientes para cobrir outros números.

            Talvez a resposta esteja nos baobás. Eles cresceram muito e suplantaram as roseiras e as sementes boas do nosso planeta. Pareciam plantas inofensivas, ou melhor dizendo, sementes boas que espalhavam o bem: o crescimento da nossa economia a redução da miséria, a valorização do real, a estabilidade de preço e o avanço significativo na distribuição de renda. Tudo melhorava, mas sorrateiramente a semente ruim se espalhava tal qual uma erva daninha ou como as raízes dos baobás do planeta do Pequeno Príncipe.  Essas sementes foram infestando esse grande Brasil e os números negativos foram se multiplicando, as dívidas aumentando para as luxúrias dos baobás que cresciam a cada dia.  

            Tristeza é pouco para a situação que estamos vivenciando. Mas há coisas que pode nos trazer prazer sem incluir números. Olhar o por do sol, deleitar-se com o mistério do amanhecer e anoitecer. Isso pode nos fazer acreditar que nem tudo  acabou. Esperança!

            É possível salvar a flor que amamos: o Brasil. Ela está em perigo. Temos que livrá-la das ovelhas, das serpentes e dos tigres. Temos vulcões? É preciso cuidar para que não entrem em erupção e destrua mais ainda nosso território. Atentai para as lições do Saint Exupéry: Devemos suportar duas ou três lagartas para conhecer a borboleta e exigir de cada um o dever que cada um pode cumprir.  Isso e muito mais precisa ser feito para salvar um planeta.

            O momento é de percorrer caminhos rochosos, de andar na areia ou na neve até encontrar uma estrada: a saída. Não é hora de dormir em berço esplêndido e sim de adaptar-se ao momento de crise e agir com inteligência e cautela financeira, mudando de hábitos e organizando contas, cortando gastos, comprando só o necessário, pesquisando preços, e evitando os supérfluos. Poupar se sobrar, fazer uma reserva financeiro se possível,  frear o consumo para se prevenir do que vem por aí,  são algumas  questões que precisam ser observadas  de imediato.

  Uma das boas lições que se pode tirar de um momento de crise é usar a criatividade.  Criar novos estilos de vida, modos de diversão sem gastos e formas de comer saudavelmente diminuindo as despesas. Ação é a palavra.

            Nada acontece por acaso. Temos que aprender com os nossos erros. Somos em parte responsáveis pela crise. Não fazemos escolhas com responsabilidade, não somos comprometidos com as nossas atitudes. Estamos colhendo os frutos das sementes que plantamos.

            Precisamos cuidar do nosso planeta. Aqui temos estrelas, serpentes, flores e baobás.  Estamos em crise, mas tudo passa nessa vida. E fica aqui mais um ensinamento do Saint Exupéry:

        “Antes de se tornarem grandes, os baobás um dia foram pequenos”.  Essa é a hora de cortar o mal pela raiz.

            Hoje apertar o cinto é necessário, mas como diz o dito popular: depois da tempestade vem bonança. Amanhã bons dias virão, assim acreditamos.